" Basicamente, se nós queremos uma escola diferente, se queremos mudar a escola, ou se simplesmente, não estamos gostando da nossa prática, isto significa que devemos estar disponíveis, desejosos, querendo, assumindo, enfrentando e pensando..."
Madalena Freire



terça-feira, 30 de setembro de 2014

Professores da rede participam de vivência em Artes Visuais


Uma verdadeira viagem a cultura africana, às máscaras e seus rituais. O trabalho da última sexta-feira (26) contou com a participação efetiva de cerca de 60 professores, que durante todo o dia desenvolveram trabalhos dentro do contexto da "Vivência Artística - As Escolas Vêm ao Mário Gusmão", realizado pelo Secretaria Municipal de Educação, por meio do CEART - Centro Municipal de Arte, Educação e Cultura. O dia teve início às 8h e foi conduzido pelos professores de Artes Visuais, Luisa Cristina e Sévani Rebouças. Os dois, do início ao fim provocaram, os professores à reflexão sobre "As Máscaras Africanas" e seus valores subjetivos. 

O tema norteador baseado na Lei 10. 639 teve como escolha as máscaras por elas serem carregadas de valores e intenções e por aproximar o universo africano à realidade da educação brasileira. "A produção de máscaras é utilizada em toda África e a a sua função não é estética e sim a de transmitir e a preservar o seu conhecimento ancestral e seus valores", explica a professora Luisa.


A partir dessa provocação, os professores colocaram a mão na massa e foram construir suas obras. Cola, tinta, tesoura, papel, material reciclável e muita criatividade. Como resultado, máscaras que expressam a necessidade e a importância do professor, com as cabeças enormes, - para traduzir inteligência; bocas grandes para que nunca se calem diante de injustiças e ouvidos bem desenhados, ressaltado a importância da escuta.


No final foram produzidas seis máscaras cada uma delas com uma abordagem diferente a partir da reflexão de cada um dos seis subgrupos. 
 

Para chegar a esse formato  de planejamento o professores de artes visuais se debruçaram em diversas fontes de pesquisa até identificar a melhor forma de abordar a temática e a ferramenta adequada. "Pesquisamos em vários livros de história da arte, em especial história da arte africana, assistimos alguns vídeos e lemos artigos acadêmicos", explica o professor Sévani. 




O planejamento dos professores do CEART buscou atender a reflexão sobre a Lei, trazendo elementos da realidade africana, provocar discussões sobre valores, sensações, sentimentos e proporcionar felicidade. "No fim da atividade, eles puderam perceber o seu potencial, uma vez que os trabalhos tiveram resultados riquissimos. Eles se sentiram felizes ao perceber do que são capazes e esse sentimento eles também podem provocar em seus alunos", finaliza a professora Luisa Cristina.
   
     

A  expectativa do CEART agora é que os professores consigam, a partir dessa experiência, refletir sobre uma metodologia que possa ser aplicada também em sala de aula.